A todo momento surgem milhares de novos sites e aplicativos. Até mesmo plataformas consolidadas, como Netflix ou Instagram, precisam se reinventar constantemente para não ficar para trás nessa corrida. Entender como as pessoas se comportam na internet ou nos seus gadgets é fundamental para conseguirmos entregar de maneira mais assertiva o que elas precisam e desejam mesmo que nem elas saibam. E mudanças tecnológicas acontecem o tempo todo. Assim, temos que estar sempre de olho no que é tendência em termos de design de experiência de usuário (UX) e de design de interface do usuário (UI) na hora de projetar ou atualizar um site ou app para torná-los convenientes e confortáveis para as pessoas. Abaixo, listamos alguns pontos-chave para 2023 nessa área.
1) Personalização: As pessoas querem ter controle total sobre o que é realmente útil para elas, e os designers de UX/UI devem possibilitar isso permitindo que o usuário possa ajustar quase todas as pequenas partes do design do aplicativo para atender às suas necessidades individuais. Quer um exemplo? Quem não gosta de mexer na configuração de relógios inteligentes ou da tela inicial do seu celular? É claro que a personalização também levanta questões complexas, especialmente quanto à atuação dos algoritmos na entrega de conteúdos que levam às chamadas “bolhas sociais”. Será que veremos alguma mudança quanto a isso? Veremos…
2) Sincronização do dispositivo: As pessoas querem usar aplicativos não porque são bons, mas porque estão disponíveis, podendo ser sincronizados entre um computador pessoal, laptop, telefone, tablet, smartwatch e qualquer outro dispositivo digital conectado à web.
3) Mobile-first: Isso não vem de hoje, mas segue como tendência. O aumento constante de acesso por dispositivos diversos tem feito com que os desenvolvedores comecem sua estratégia focando em mobile. Para se ter uma ideia, o Google prioriza sites otimizados para dispositivos móveis nos resultados. Criar um site ou app Mobile-first é construir a usabilidade com foco nas funcionalidades que irão atender às experiências móveis em primeiro lugar e depois adaptá-las para computadores e laptops.
4) Wearables: Uma forte tendência é o “design espelhado”, que obriga as equipes a arquitetar aplicativos de maneira muito semelhante para vários dispositivos. Se algo ocorrer em um smartphone, isso deve ser refletido em um tablet ou smartwatch. E vice-versa. Quem não quer poder responder rapidamente a uma mensagem ou texto independentemente de estar sentado em um computador com um teclado de tamanho normal?
5) Parcerias entre aplicativos: Essa é uma boa estratégia para aumentar a visibilidade de uma marca, e vai muito além do que os posts em collab no Instagram. Mas para uma empresa conquistar um cliente novo num app parceiro ela deve ter uma subpágina dedicada e opções fáceis de navegação. Por exemplo, um cliente entra no app da concessionária de luz para pagar sua conta e encontra lá a opção de comprar um seguro contra incêndio de um parceiro. Lindo, mas o aplicativo deve facilitar essa compra sem software externo.
6) Login com Google, Facebook ou Linkedin: Existem muitas opções para confirmar a identidade: impressão digital, reconhecimento de retina e senhas à moda antiga. Mas cada uma delas apresenta um conjunto único de desafios. As pessoas querem segurança, mas detestam ter que colocar suas próprias senhas de acesso. A solução mais simples e eficaz para acessar um site ou aplicativo sem senha é fazer login com o Google, redes sociais ou impressões digitais. Isso segue como tendência no design de UX para 2023.
7) Scrollytelling: É basicamente um conjunto de truques que estimulam os usuários a continuar rolando a página ao fornecer explicações adicionais e conteúdo enriquecido com elementos dinâmicos que atraem os usuários por meio de movimento, cor e contextualização.
8) Dados atraentes: Os usuários não querem apenas ver os dados de maneira compreensível. Eles querem entendê-los. Isso significa simplificação, números grandes e áreas nas quais os usuários podem acessar com um toque físico.
9) Design emocional: Não importa se você está usando um smartwatch, tablet, smartphone… Você provavelmente está usando um app para visualizar seus gastos mensais, acompanhar o progresso da atividade física etc. Quando você ganha parabéns da ferramenta, você se fideliza a ela. Assim como quando acessa um site com as cores que te remetem à sua adolescência.
10) Metaverso: Essa é uma possibilidade para o futuro do trabalho e da cooperação, onde equipes de todo o mundo não conversam entre si via Skype ou Zoom, mas sim em um ambiente de realidade virtual interativo. As empresas vão precisar de um projeto para isso…
11) Acessibilidade: É fundamental trabalharmos mecanismos para inclusão de todos os tipos de usuários nas plataformas. É comum associarmos acessibilidade apenas a pessoas com deficiência, mas precisamos pensar também em quem tem limitações permanentes ou temporárias e não só de visão e audição. Precisamos incluir pessoas com questões motoras e de fala ou com dificuldades de usar dispositivos. Não basta apenas permitir aumentar o tamanho do texto na tela ou adicionar legendas para vídeos e descrições para imagens. Devemos ir mais longe. Um exemplo é usar técnicas de UX writing para escrever frases mais curtas permitindo a maior compreensão de quem tem baixo letramento. É necessário aumentar o espectro de possibilidades e ter empatia na hora projetar o design e o conteúdo de uma plataforma para que todo mundo seja atendido.
12) Modo escuro de tela: Essa não é necessariamente uma das novas tendências, mas mais empresas e marcas devem passar a investir nessa alternativa porque o modo escuro de tela promete incluir inovações. Não só seria possível a tela preta, como também adicionar outras cores escuras na interface do dispositivo. Que tal analisar formas de implementar o uso de modo escuro em sua página? Essa função cria menos tensão nos olhos, não afeta a qualidade do sono, permite mais destaque para detalhes e aumenta a economia de bateria.
13) Toque humano: Ele permite aumentar a interação.
14) Elementos 3D aprimorados: Esses efeitos chamam a atenção, aumentando o número de novos públicos-alvo. Sem falar que podem fazer uma conexão com o metaverso conectando diferentes tipos de mundos e levando a experiência do usuário para o próximo nível.
15) Mudanças na redação de UX: Mais do que os indicadores de SEO, leva-se em consideração a IA.
16) Pesquisa por voz: Esta função está se tornando cada vez mais ativa na vida cotidiana, e os desenvolvedores estão tentando modernizar a funcionalidade dessa área do UX.
Pode ser que ao longo do ano essas tendências mudem. Por isso, nós da Homem Máquina estamos sempre atentos ao que é tendência para que a sua plataforma esteja sempre atualizada com o que há de mais moderno no mercado.